20080426

Maghma e o terremoto



Bom dia!

O lançamento do videoclipe de Maghma no Dia do Índio (celebrado sete dias atrás), foi marcado pelo terremoto ocorrido em São Vicente, no dia 22 de abril, uma data muito importante no nosso país. No ano de 1500, nesta mesma data, as primeiras caravelas portuguesas chegaram ao Brasil. Trazendo aos índios toda sorte de vícios, pragas, doenças e feridas provocadas por armas de fogo. E, à Terra, grandes, grandes cicatrizes feitas pela mineração de ouro e pedras preciosas. E, por outro lado, trazendo às terras selvagens do Brasil então "descobertas" algum progresso e coisas muito confortáveis para a maioria dos humanos civilizados, como religião, eletricidade, carros e poluição. Atualmente, a Mata Atlântica, uma das mais belas e diversas do nosso hemisfério, está praticamente morta. Resta menos de 3% de sua vegetação e fauna. Muitas montanhas do litoral sul de São Paulo estão cobertas de bananeiras. Quase não há mais vegetação nativa. E quanto aos índios...bem, eles também já foram quase todos mortos. O governo federal demarcou terras para algumas tribos, mas os homens de negócios querem tomar tudo! Matando os índios e colocando abaixo as árvores para plantar cana-de-açúcar, soja e grama para as vacas... Talvez este terremoto sirva como um sinal para que paremos por um momento e pensemos sobre o assunto. Nós estamos solidários às pessoas que de alguma maneira foram prejudicadas por este evento natural e gostaríamos de dizer que ainda há esperança... Se nós realmente acreditássemos que podemos mudar o mundo!

Nhacunhé!!!

20080419

O videoclipe de Maghma fala sobre índios, tecnologia e esperança

'Para vocês, apresentamos o novo vídeo produzido pelo 666 rmx para a música Maghma, do álbum Let's do the Samba!. Trata-se de uma versão nova e mais longa, com um tipo de "trance vudu do velho oeste" no meio. A palavra Nhacunhé foi inventada durante um improviso de Mauricio nas primeiras gravações do vocal e é dessa forma que ela permaneceu nesta versão. "É um grito, um grito de guerra", diz o músico, do HI-BRAZIL.

"É como...você sabe, nós somos índios, nosso país é o Planeta Terra, nossa tribo é a humanidade e nossa religião é a Natureza. Então, nós não aguentamos mais seus mandamentos e tal e iremos espalhar o nosso grito", explica, com um sorriso. "Existe essa história de engenharia genética, também, que estava na minha mente no momente da gravação. Eles estão coletando sangue dos índios ao redor do globo e tomando-o para si na forma de patentes que estão requerendo sobre toda essa informação genética. Isso porque eles descobriram que os ameríndios tem um código genético "particular", um muito antigo...a apropriação desses códigos de criação é parte do Projeto Genoma".

Enquanto isso, em São Vicente, descrita pela Wikipedia como a primeira vila do Brasil, existe uma tribo de nativos que reconquistou o direito de viver na Praia de Paranapuã. Mas o lugar é uma reserva ecológica e os índios não podem pescar, plantar ou caçar em toda a área. Então, eles sobrevivem coletando restos de frutas e verduras nas feiras-livres ou então recebendo cestas básicas do prefeito do município. Recentemente, estiveram envolvidos em casos de alcoolismo, violência e suicídios. Eles querem voltar para a Natureza. Mas o homem branco não quer. E não dará permissão a eles para fazê-lo.

Quando a expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos chegou ao Brasil, em 22 de janeiro de 1502, deu à ilha o nome de São Vicente, pois o local era conhecido, até então, como Ilha de Gohayó.

Outro fidalgo português, Martim Afonso de Sousa, nomeado pelo rei de Portugal Dom João III donatário de duas capitanias hereditárias que incluiam a ilha, foi enviado pela coroa portuguesa para explorar a nova colônia e colocar marcos territoriais no litoral atlântico e no Rio da Prata, fundou então a vila de São Vicente em 22 de janeiro de 1532. Por ter sido a primeira vila fundada no Brasil, ostenta o título de 'cellula mater' dos municípios brasileiros.

Martim Afonso instalou então em sua nova vila os símbolos do poder organizado, construindo um pelourinho, uma igreja e uma câmara, realizando em 22 de agosto de 1532 as primeiras eleições em todo o continente americano. Como atividade econômica começou a cultura da cana e a instalação de engenhos para a manufatura do açúcar, principal produto do período colonial. Mas a implantação deste esquema exigiu atividades complementares, consideradas secundárias, porém fundamentais para a produção açucareira. Estas eram a pecuária e a agricultura de subsistência. As primeiras cabeças de gado a chegarem ao Brasil vieram do arquipélago de Cabo Verde, em 1534, para a capitania de São Vicente.

Então...era isso que queríamos dizer neste Dia do Índio. É hora de independência. Ainda há esperança...Nós gostaríamos também de agradecer à atriz, Rosa, por seu amor e confiança.

Nhacunhé!

20080415

Video de Maghma no Dia do Indio


Olá, amigos. Os meninos do 666 rmx e do HI-BRAZIL estão trabalhando duro na produção de seu novo video para a música Maghma, do álbum Let's do the Samba!. A música recebeu uma nova versão, mais longa, e a obra irá participar do Video Indio Brasil 2008, que começa no dia 24 de maio. O lançamento do vídeo irá acontecer no dia 19 de abril, uma data especial para os brasileiros de verdade, quando nós comemoramos o Dia do Índio. Vocês poderão assistir ao trabalho a partir de sábado, na nossa homepage ou no nosso canal do Youtube.

O vídeo conta a estória de uma indiazinha que vivia entre cativos de uma fazenda no interior da Amazônia. Levada na pré-adolescência por um casal de posseiros que iriam tentar a sorte na cidade grande, a menina conheceu pela primeira vez os horrores e desventuras da vida dita civilizada. Aprendeu novos costumes, desaprendeu outros tantos. Mas, no fundo, não deixava de ser aquela menina simples que conhecia de cor o sabor das frutas mais suculentas arrancadas ao pé das árvores e os segredos das ervas curativas.

Com o passar dos anos, Rosa, assim chamada pelo casal que a "adotara", integrou-se - não sem muito esforço - à nova realidade que se lhe apresentava. Casou-se, teve filhos e netos e, como uma mulher moderna e urbana, passou a viver cercada por aparelhos eletrônicos e aparatos tecnológicos. E conheceu a solidão. Laptops, ipods, monitores e celulares tornavam-se seus novos companheiros e a eles Rosa deu os nomes que costumava emprestar aos pequenos animais da floresta que de quando em quando surgiam para com ela brincar durante seus felizes anos vividos na fazenda.

Um certo dia, enquanto preparava uma infusão especial de ervas que só ela conhecia, recebeu uma chamada inesperada no videochat. Curiosa e destemida, aceitou o convite para conversar com o misterioso sujeito que aguardava do outro lado da tela de cristal líquido de seu laptop. A partir daquele momento, sua vida mudaria radicalmente mais uma vez. E, desta feita, para sempre...