Não desista, não desista!
Não dê prá trás, não dê pista.
Se é bem quista, o tempo traz
Se é mal quista, o amor desfaz
Esqueça o ter, esqueça o ser
Para continuar a obter
Se o vento é sal, o mar mortal
Areia traz o que esconde o sol
Prá não deixar de encontrar
Um jeito de desempenhar
A cena atroz, o ser algoz
Peixe na boca, o albatroz
Pegou de jeito, encheu o peito
Mascou a carne, cuspiu bem lento
Não era ele o insatisfeito
O elemento químico, que defeito...
Lhe dizia tão alto e sem jeito:
Bem feito! Bem feito!
E agora jaz o que não se traz
Na rede afoita, o dia fulgaz
Na boca o grito que não se fez
Na mente aflita, insensatez
Morbidez, morbidez, morbidez
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